Desde vastos areais a montanhas escarpadas e salinas vertiginosas, todos os desertos têm um aspeto em comum: recebem muito pouca chuva. 

Porém, não se deixe enganar. 

Estas paisagens estão longe da imagem árida que poderá vir-lhe à mente quando ouve a palavra deserto.

De facto, os desertos acolhem uma abundante vida selvagem e populações humanas, costumes antigos e tradições. 

Vejamos de que forma estes ecossistemas frequentemente negligenciados sustentam várias formas de vida.

Introduza o seu nome para começar!​

Bem-vindo(a) à Viagem ao Deserto, {NAME}.

Que ecossistema de deserto gostaria de visitar primeiro?

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Por falar em espécies, penso que estou a ver uma delas!

O que será? ​

CAMELO-BACTRIANO

O camelo é rei no Deserto de Gobi, onde constitui um recurso precioso para os pastores nómadas da região. Os camelos-bactrianos oferecem vestuário, leite e transporte às pessoas do Deserto de Gobi, o que os converte num ativo importante para a economia. Além disso, são também fundamentais para o ecossistema, contribuindo para disseminar as sementes de um arbusto chamado Saxaul através do seu estrume.

Esperamos que tenha gostado da sua visita ao Wadi Rum!

{NAME}, já viu como o Wadi Rum, tal como outros ecossistemas de deserto, é extremamente importante para a saúde ecológica, social, cultural e económica da região. 

Hoje em dia, a deslumbrante paisagem e a abundante biodiversidade do Wadi Rum atraem muitos turistas, o que oferece meios de subsistência baseados na natureza à população local por via do ecoturismo.  

No entanto, ao longo da história, os recursos naturais da paisagem também sustentaram os meios de subsistência nómadas das tribos locais, que ainda dependem fortemente do deserto para recursos como alimentação e abrigo. 

O Wadi Rum contém ainda um enorme significado histórico, graças aos milhares de gravuras rupestres e inscrições que nos permitem vislumbrar uns impressionantes 12 000 anos de história humana, da era paleolítica à era islâmica. 

Apesar da importância conhecida do Wadi Rum, diversos fatores de origem humana ameaçam o seu estado de conservação. 

Embora o turismo sustentável ofereça benefícios económicos, o turismo insustentável, que se reflete numa fraca gestão dos resíduos produzidos pelas comunidades do turismo e em atividades todo-o-terreno prejudiciais, tem de ser alvo de intervenção a fim de assegurar o futuro bem-sucedido do Wadi Rum e das suas comunidades locais.

Eis as medidas que pode tomar para visitar o Wadi Rum de forma responsável:

  • Faça a sua pesquisa e procure operadores turísticos e empresas com práticas empresariais não prejudiciais para o deserto. 
  • Respeite os monumentos e outros elementos da paisagem do deserto. Tocá-los ou manipulá-los pode comprometer a capacidade de as gerações futuras poderem desfrutar dos mesmos tal como nós o fazemos! 
  • Mantenha o lixo consigo até que possa eliminá-lo de forma adequada numa aldeia ou cidade. O deserto pode parecer um local robusto, mas até pequenas perturbações podem afetar o seu equilíbrio. 
  • Tenha em conta a longa história cultural dos habitantes locais do Wadi Rum e tente não degradar a sua cultura ou paisagem numa busca da “experiência autêntica”.
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Na primavera e no outono, o Wadi Rum forma parte de uma rota de migração de animais que necessitam de algum repouso e reabastecimento. 

Que animal poderá observar às centenas?​

AVES

O Wadi Rum é um local fantástico para observar pássaros, já que estes migram entre África e a Europa, voando maioritariamente ao longo do Vale do Jordão e das suas margens. Embora seja mais uma estrada secundária do que a principal, a vasta dimensão e o habitat variado do Wadi Rum fazem dele um precioso santuário na rota de migração.

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O Sara é conhecido por ser uma das regiões mais quentes do mundo. 

Quantos graus a temperatura pode atingir nos meses mais quentes do ano?​

50 °C (122 °F)

As temperaturas no Sara podem atingir mais de 50 graus centígrados (122 °F) durante os meses mais quentes! As pessoas, as plantas e os animais que vivem na região desenvolveram formas inteligentes de se adaptarem a um clima tão quente. Veremos um exemplo na próxima pergunta. 

 

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Até que ponto as temperaturas podem descer no inverno? ​

-40 °C (-40 °F)

Nem todos os desertos estão quentes o tempo todo! O Deserto de Gobi confronta-se com invernos rigorosos e frios devido à sua elevação face ao nível do mar, que é de cerca de 900 metros (3000 pés). Desertos como este, com verões quentes e invernos frios, são adequadamente designados por “desertos frios”. As suas plantas, animais e populações adaptaram-se para resistir às temperaturas extremas.

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Observar o escaravelho Blaps nas areias do Wadi Rum não é muito difícil. 

Há outra espécie que é muito mais esquiva e os especialistas chegaram a declará-la extinta na natureza.  

Que espécie pensa que é?

ÓRIX-DA-ARÁBIA

O órix-da-arábia é um antílope com os ombros elevados numa bossa e dois chifres longos e retos. Eram amplamente caçados pela carne, pela pele e pelos chifres e muitos foram acidentalmente envenenados num esforço para erradicar os gafanhotos. Declarada extinta nos anos 70, a população de órix-da-arábia está a crescer graças a programas de reintrodução que criam e libertam indivíduos desta espécie na Península Arábica.

Obrigado por visitar o Deserto do Sara!

Como já deve ter reparado, {NAME}, o Sara tem uma dimensão gigantesca! 

Apesar de a paisagem oferecer uma abundância de biodiversidade e recursos naturais, na verdade não é benéfico quando se expande, o que está a acontecer a um nível crescente. 

Esta expansão coloca as áreas circundantes e o resto de África em risco de desertificação, o que prejudica os ecossistemas e a biodiversidade, em conjunto com a saúde e os meios de subsistência dos seres humanos. 

No entanto, importantes iniciativas estão em curso para combater este processo, que passou a conhecer um pouco melhor durante a sua viagem.

Além da iniciativa da Grande Muralha Verde, estão a ser instalados parques eólicos e solares de grande escala para promover o crescimento da vegetação e atrair mais água da chuva para a região, o que poderá abrandar o processo de desertificação e contribuir para o desenvolvimento agrícola e económico. 

Clique aqui para saber mais sobre a Grande Muralha Verde e clique aqui para saber mais sobre os impactos que a poeira do Sara exerce nos oceanos do planeta.

 

{NAME}, escolheu visitar o Deserto de Gobi!

Situado na Ásia Central e estendendo-se por 800 000 quilómetros (500 000 milhas) até às atuais China e Mongólia, o Deserto de Gobi é o maior do género na Ásia e o quarto maior do mundo.

O Gobi pode não parecer o tipo de “deserto” que a maioria das pessoas imagina.​

Em lugar de dunas de areia móveis, apresenta maioritariamente um terreno rochoso e compacto.  

Além disso, não se carateriza por um calor constante e insuportável, mas também por invernos rigorosos, a que chamam “dzud”, que atingem temperaturas abaixo dos -45 °C (-49 °F). 

Apesar do clima impiedoso, o pastoreio nómada, ou seja, quando as pessoas migram no interior de um território para encontrar pastos para o seu gado, constitui o meio de subsistência predominante no Deserto de Gobi. 

Exploremos esta incrível paisagem de deserto para ver o que a torna tão especial.

 

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O Sara é conhecido pelas suas tempestades de poeira sazonais, que atravessam oceanos e continentes. 

Quantas toneladas de minerais, nutrientes e matéria pensa que são transportadas para o oceano pelo vento do deserto e pelas tempestades de areia em cada ano?

500 MILHÕES DE TONELADAS

As tempestades de areia e poeira, em especial as do Sara, transportam minerais, nutrientes e matéria (tanto inorgânica como orgânica) para os oceanos da Terra. Este fenómeno pode exercer impactos tanto positivos como negativos na biodiversidade marinha, incluindo o fornecimento de uma importante fonte de nutrientes e metais vestigiais e a fertilização das eflorescências de algas que alimentam muitas espécies marinhas.

Para ler mais sobre a relação entre os desertos e os oceanos, consulte o artigo da página inicial.​

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Os desertos geralmente oferecem-nos preciosos dados e artefactos históricos.

O Deserto de Gobi tem sido particularmente valioso para o estudo de que fenómeno natural?​

A EXTINÇÃO DOS DINOSSAUROS

O Deserto de Gobi constitui uma atração paleontológica cujos restos de dinossauros foram celebrizados pela primeira vez por um cientista americano chamado Roy Chapman Andrews, a inspiração do personagem cinematográfico Indiana Jones. Hoje em dia, estão a ser envidados esforços por pessoas como Bolortsetseg Minjin, que fundou o Institute for the Study of Mongolian Dinosaurs, com o objetivo de inspirar as futuras gerações de paleontólogos da Mongólia.

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Por falar em adaptação ao calor, como pensa que o escaravelho Blaps local do Wadi Rum se adaptou às abrasadoras temperaturas do deserto?​

ANDANDO EM BICOS DE PÉS

O escaravelho Blaps possui pernas longas e finas que ajudam a manter o corpo afastado do chão do deserto quando anda. Os escaravelhos constituem uma importante espécie-presa para aves, répteis e outros insetos no Wadi Rum.

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A extremidade sul do Sara, designada por Sahel, é uma zona de transição entre o deserto para o norte e as savanas para o sul. 

Qual é o nome da iniciativa em curso que visa combater a desertificação e a degradação ambiental no Sahel?​

A GRANDE MURALHA VERDE

A Grande Muralha Verde do Sara e do Sahel, vulgo a Grande Muralha Verde, é um movimento liderado por África que visa aumentar em 8000 quilómetros (4500 milhas) a maravilha natural do mundo a toda a largura de África. A Grande Muralha Verde espera combater a degradação da paisagem e fornecer alimentação e meios de subsistência seguros aos milhões de pessoas no interior das suas fronteiras.

Bem-vindo(a) ao Wadi Rum, {NAME}! 

Apelidado de “Vale da Lua” devido às suas maravilhosas dunas de areia em tons vermelhos e deslumbrantes formações rochosas que lhe conferem uma aparência algo alienígena, este ecossistema protegido encontra-se no sul da Jordânia.

O Wadi Rum acolhe centenas de espécies de aves, bem como répteis, lobos, raposas, camelos, lebres, gatos-selvagens e muitos mais. 

O Wadi Rum está repleto de indícios de culturas humanas que datam da era pré-histórica e foi declarado Património Mundial pela UNESCO em 2011.  

Agora a zona é o lar dos beduínos, que até recentemente levavam vidas nómadas.  

Devido à crescente popularidade do turismo no Wadi Rum, que se tornou famoso graças a filmes como “Lawrence da Arábia” e “Perdido em Marte”, muitos beduínos estão agora envolvidos no setor do ecoturismo. 

Vejamos algumas das espécies e populações que consideram o Wadi Rum como o seu lar.

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Embora o Sara seja conhecido por ser um dos ambientes mais agrestes da Terra com escassez de água, na verdade existem fontes de água na região. 

Quais das seguintes fontes fazem parte do Sara?​

TODAS AS OPÇÕES MENCIONADAS!

Tanto o rio Nilo como o rio Níger percorrem o Sara. Estão também presentes vastos aquíferos, que constituem armazéns subterrâneos de água doce que abastecem mais de 90 oásis no deserto. Podemos até encontrar pelo menos 20 lagos no Sara que secam e se enchem conforme as estações.

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Já referimos que as paisagens de deserto são frequentemente constituídas por muito mais do que apenas um monte de areia.

Qual dos seguintes não é um elemento ecológico do Gobi?​

VULCÕES

Acha que foi uma pergunta com rasteira? Bom, com base no que acaba de aprender sobre o nome “Gobi”, talvez! Na verdade, este deserto possui água, sob a forma de lagos, rios e salinas. No entanto, estas diversas caraterísticas do ecossistema não incluem quaisquer vulcões. 

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O ecoturismo não é o único exemplo da forma como os recursos naturais contribuem para os meios de subsistência das populações do Wadi Rum. 

Um desses recursos é vulgarmente utilizado para construir tendas. 

Qual dos seguintes pensa que é?​

PELO DE CABRA

As tendas de pelo de cabra constituem um elemento tradicional do Wadi Rum e são o exemplo de uma adaptação inteligente a um ambiente que de outra forma seria mais agreste. A cabra é uma das espécies de gado mais populares no deserto porque se adapta incrivelmente bem tanto ao calor como à escassez de água. 

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O Deserto do Sara expande-se continuamente num processo designado por desertificação.

Embora os desertos sejam ecossistemas importantes, tal como vimos com o Sara, tornam-se um problema quando áreas outrora verdes perdem a sua vegetação e se tornam desertas.  

Na sua opinião, qual é a percentagem de crescimento do Sara desde 1920?

10%

Embora seja normal que os desertos cresçam em área durante a estação seca e diminuam durante a estação húmida, a combinação de ciclos climáticos naturais e de alterações climáticas causadas pelo Homem está a fazer com que o Sara cresça mais e se estreite menos. Este processo de desertificação coloca terras que de outra forma seriam saudáveis em risco de se tornarem inférteis.

Parabéns, concluiu a Viagem do Deserto de Gobi!

Embora fosse apenas um visitante, {NAME}, muitas pessoas consideram o Deserto de Gobi o seu lar, incluindo pastores de cabras, camelos e ovelhas. 

As tribos do Gobi, de descendência mongol e chinesa da etnia Han, vivem em tendas tradicionais chamadas “ger”, que fornecem um tipo de abrigo propício ao seu modo de vida nómada.  

Infelizmente, uma desertificação crescente do Gobi, que é o deserto de crescimento mais rápido da Terra, ameaça os terrenos circundantes.  

Esta expansão converte prados férteis em terras áridas e inóspitas e cria tempestades de areia que causam problemas para as cidades próximas. 

Porém, a esperança não está perdida!

O governo chinês implementou em 1978 um projeto conhecido como a Grande Muralha Verde que se esforça por abrandar a desertificação por intermédio de uma muralha de árvores com a extensão de 4500 quilómetros (2800 milhas).   

Desde que o projeto teve início, já foram plantados mais de 66 mil milhões de árvores.

Pode contribuir para a proteção do Deserto de Gobi ao:

  • Envolver-se no ecoturismo responsável; 
  • Fazer donativos para organizações que trabalham para proteger o Gobi; 
  • Falar com familiares e amigos sobre a importância dos desertos naturais e dos perigos da desertificação das terras férteis.

Bem-vindo(a) ao poderoso Sara, {NAME}!

O Deserto do Sara é o maior deserto quente do mundo, estendendo-se por uma incrível área de 9,4 milhões de quilómetros quadrados (3,6 milhões de milhas quadradas), 11 países do norte de África ou o equivalente ao território dos Estados Unidos! 

Ainda que o Sara seja mais conhecido pelas suas zonas de dunas de areia, estas compõem apenas 15% do deserto. 

Montanhas, planaltos, salinas, bacias, depressões e planícies revestidas de areia e cascalho cobrem o resto do deserto.  

A diversificada ecologia do Sara oferece uma abundância de biodiversidade: 500 espécies de plantas, 70 espécies mamíferas conhecidas, 100 espécies de répteis, 90 espécies de aves e vários artrópodes, como aranhas e escorpiões, habitam nesta região.

Exploremos a estonteante beleza desta paisagem de deserto.

 

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O nome “Gobi” deriva de uma palavra mongol. 

Na sua opinião, qual é tradução mais próxima?​

LOCAL SEM ÁGUA

A palavra mongol “Gobi” traduz-se como “local sem água”, expressão bem adequada para descrever o terreno rochoso e firme com escassa vegetação desta região. O Gobi não recebe muita chuva porque a Cordilheira dos Himalaias forma uma “sombra de chuva” sobre o deserto, que impede que as nuvens com chuva ultrapassem as montanhas e alcancem o Gobi.

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As aves não são as únicas a considerar o Wadi Rum um local simpático! 

A paisagem deserta acolhe também grupos tribais, conforme ficou a saber na introdução.  

Adivinha quantos grupos tribais vivem neste deserto?

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O Wadi Rum acolhe as tribos Zweideh, Zalabia, Sweilhieen, Omran, Godman e Dbour. Muitos grupos tribais no Wadi Rum usam um modelo de ecoturismo para proteger tanto os seus meios de subsistência como os ecossistemas do deserto. Hotéis, restaurantes, passeios de jipe e excursões de camelo são alguns exemplos de empresas operadas por empresários de ecoturismo. Outras tribos praticam uma agricultura lucrativa.

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O feneco, o animal mais pequeno da espécie das raposas, é nativo do deserto do Sara. 

As suas grandes orelhas ajudam-no a caçar as presas sob a areia durante a noite e a dispersar o calor.  

Sabe o que fazem os fenecos para regular a sua temperatura corporal no calor do deserto?

RESPIRAM RAPIDAMENTE

Tal como muitas outras espécies mamíferas no deserto, os fenecos evoluíram para se adaptarem às duras condições do Sara. Quando as temperaturas sobem, a sua frequência respiratória passa de 23 respirações por minuto para até 690 respirações por minuto, o que os ajuda a regular a sua temperatura corporal interna.